Grandes cidades, grandes doenças

Recentemente, nossas vidas mudaram rapidamente por causa de um mal que assola a tudo e a todos, um problema invisível, mas real, um problema novo, sem muitas informações ou estudos o que torna o seu combate ainda mais lento e complicado. Mas isso não está acontecendo pela primeira vez na sociedade e certamente não será a ultima. Com o passar dos séculos a humanidade teve que encarar os problemas de saúde da forma como foi possível, lidando com os doentes e com os mais vulneráveis. Tal fato remonta um tema bastante discutido em tempos assim, a saúde pública e como sua gestão deve ser bem feita para que dias ruins causados por doenças, possam ser amenizados por ações de controle, e para que dias bons possam ser aproveitados para ações de prevenção.

Governador emitindo decreto – Gov SC/ Divulgação



Em Santa Catarina, o novo coronavírus fez com que as autoridades decretassem quarentena para o estado, limitando o funcionamento de estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais. Nas cidades, muitos prefeitos e prefeitas optaram pelas barreiras físicas para controlar a entrada e o fluxo de pessoas nos respectivos territórios de suas cidades. Tal medida se mostrou necessária para combater o avanço de um vírus novo que até então era desconhecido por todos.

Embora as cidades estejam vivendo o caos causado pela desinformação e pelo medo, são muitos os fatores que nos levam a debater sobre saúde pública e são várias as doenças enfrentadas pelas pessoas nos grandes centros urbanos, tais como a depressão, problemas cardíacos causados pela constante rotina, obesidade e atualmente, doenças causadas pela poluição das zonas urbanas. Os agentes infecciosos também estão por ai, e variam de acordo com a região e a época do ano. “De forma geral, as infecções do trato gastrointestinal predominam em locais onde as condições de vida são mais precárias. E as infecções das vias aéreas prevalecem nos períodos mais frios do ano”, resume o infectologista Carlos Starling, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Os dados falam:

  • 185 milhões de brasileiros vivem em cidades – é quase 90% da população.
  • 82 milhões de pessoas em nosso país se encontram acima do peso.
  • 300 mil brasileiros morrem todo ano de doenças cardiovasculares.
  • 50 mil cidadãos perdem a vida anualmente devido à poluição.
  • 11,5 milhões de pessoas no Brasil estão com depressão.

Fontes: Censo de 2010, Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Os problemas são inúmeros, e as soluções são lentas, mas são necessárias para que possamos seguir com a nossa vida. Por isso o debate é tão importante, e o mesmo deve ser levado adiante após essa crise sanitária que estamos vivendo, pois a prevenção futura é a certeza de crises mais brandas nos futuro.

Não podemos nos render a um vírus, é hora de ter empatia e ajudar um ao outro com orientação e tranquilizar os corações de quem está em panico, pois tudo passa e dessa vez, separados, sairemos mais fortes.

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